Como potencializar seus negócios com o delivery?
Com a quarentena, os pedidos em casa estão sendo fundamentais para os consumidores; a tendência é de que esse cenário se mantenha mesmo após a pandemia.
A Covid-19 trouxe várias mudanças de hábitos para os consumidores: home office, aulas online, compras em varejos digitais, entre outros. Nesse cenário, os serviços de entrega cresceram de forma significativa. Restaurantes, supermercados, farmácias, pet shops e os mais diversos negócios passaram a apostar no delivery.
Por essa razão, as plataformas de entrega também precisaram inovar e trazer novos serviços para o público. A Rappi, por exemplo, além das tradicionais parcerias com restaurantes, faz entregas de brinquedos, eletrodomésticos, bebidas, manutenção e conserto de aparelhos celulares e até sex shop.
“A agilidade nas entregas é o grande diferencial. Imagine que um consumidor resolva preparar uma receita, mas ao começar percebe que sua batedeira quebrou. Ao comprar em uma loja online, seria necessário aguardar um prazo maior até o eletrodoméstico chegar. Com a Rappi, é possível ter a batedeira nova em 40 minutos”, exemplificou Fernando Vilela, diretor de estratégia e performance da Rappi.
Lives no cardápio
De acordo com Fernando, a Rappi cresce 15% ao mês. “É como se dobrássemos de tamanho a cada cinco meses”, destacou. Além da quarentena e aumento das compras digitais, isso se deve também às inovações da plataforma. Uma delas, que já foi lançada na Colômbia (país de origem do aplicativo), e em breve estará disponível no Brasil, são as lives.
“Percebemos que existe uma demanda importante para isso. É uma forma de entretenimento e também de entregar uma boa experiência aos clientes”, disse o diretor. Segundo ele, o cardápio de lives é diversificado e inclui até propostas de elaboração das receitas. “O consumidor pode pedir, por exemplo, os ingredientes para preparar um sushi e ao recebê-los, assistir à live que mostra como preparar”, explicou.
A ideia do app é interessante para empresas que desejam potencializar suas vendas desta maneira. Aliás, as lives estão de fato se tornando um recurso que, além do entretenimento, também rentabiliza a operação de restaurantes e outros empreendimentos da área alimentar. O Facebook, por exemplo, divulgou recentemente uma opção que permite que os organizadores das lives cobrem valores a terceiros para acessarem as suas transmissões. De acordo com o anúncio, a introdução do recurso busca “apoiar criadores de conteúdo e pequenos negócios”. O Instagram também criou uma ferramenta similar, mas voltada a doações beneficentes.
Delivery precisa ser sustentável para todos os públicos
Além da inovação, Fernando destaca que a plataforma de delivery tem três públicos distintos: os usuários, que visam a conveniência; o varejo, que precisa do serviço de entrega; e os entregadores, que enxergam nessa alternativa uma oportunidade de renda.
“A Rappi só se sustenta se esses três públicos estiverem ganhando. Em alguns casos, a equação é complicada, porque o cliente quer o menor frete, mas o entregador precisa ter a renda. Então a Rappi busca promover esse equilíbrio”, explicou.
Em relação aos recentes protestos que grupos de entregadores têm feito, Fernando destaca que a empresa mantém um canal de discussão com esses profissionais, além de oferecer seguro, equipamentos de proteção (como máscaras) e manter um fundo, em parceria com a Cruz Vermelha, que garante que qualquer entregador com sintomas de Covid seja afastado do trabalho por duas semanas, sem perder sua renda. “Nós agimos com transparência e prezamos pela comunicação com todos os stakeholders”, disse.
Delivery é a melhor saída para os restaurantes
Para os negócios que atuam no segmento de alimentação e passaram a apostar no delivery para manterem suas atividades, Fernando dá algumas dicas para se posicionarem melhor. Confira!
- É importante entender que o usuário que compra no delivery tem as mesmas exigências do público do salão. Então, a boa apresentação do prato é essencial.
- Para isso, muitas vezes é necessário mudar o cardápio. “Existem produtos que não funcionam no delivery. As hamburguerias, por exemplo, não devem vender hambúrgueres mal passados, pois pode criar água e isso estraga a embalagem”, orientou. “É preciso entender que existem pratos que não servem para delivery”.
- A embalagem correta também faz toda a diferença. É fundamental enviar o alimento em uma embalagem que permita que ele chegue ao local do consumidor com as mesmas características que teria no restaurante.
- Muitas vezes, famílias pedem as refeições em casa. “Então, por que não criar um menu kids, que agrade também às crianças?”, sugeriu.
- Boas fotos dos pratos fazem grande diferença, pois aumentam a taxa de conversão de forma significativa. Então, vale a pena investir na imagem – que, claro, deve ser a mesma do prato que chegará na casa do consumidor.