Médicos alertam sobre riscos e falta de benefícios comprovados de hidrocolonterapia
O procedimento utiliza uma mangueira introduzida pelo ânus para irrigar líquido no intestino, visando limpar fezes acumuladas
A hidrocolonterapia, que busca eliminar supostos resíduos fecais do intestino para promover benefícios à saúde, volta a ser tema de debate após a influencer Adriana Sant’Anna compartilhar uma sessão do procedimento. As informações são do G1.
Apesar da popularidade, médicos desaconselham a técnica, não reconhecida pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia, devido à falta de estudos comprovativos.
O procedimento utiliza uma mangueira introduzida pelo ânus para irrigar líquido no intestino, visando limpar fezes acumuladas, geralmente em pessoas com intestino preso. A prática é questionada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia, que aponta riscos potenciais à saúde e ausência de benefícios comprovados. Além disso, a limpeza sistemática do intestino pode atrasar a identificação de causas reais da constipação, como hipotireoidismo, câncer, diabetes e dieta inadequada.
Contrariando a ideia de fezes aderidas ao intestino, a Sociedade destaca que estudos em cirurgias e autópsias nunca encontraram tal ocorrência.
Quanto ao procedimento em si, que utiliza grandes volumes de soro, há riscos associados à pressão no intestino, podendo causar rupturas, e ao potencial desequilíbrio bacteriano (disbiose) se misturado com substâncias como cafeína.