Sono pesado ou leve: quais as diferenças e qual é o melhor?
Sono leve pode acarretar problemas sérios a longo prazo; entenda
Segundo a especialista em medicina do sono, neurologista e diretora da ABS (Associação Brasileira do Sono), Andrea Bacelar, algumas pessoas podem apresentar dificuldades em despertar, enquanto outras despertam facilmente, mesmo se estiverem dormindo profundamente. Mas afinal, qual é o melhor, o sono pesado ou leve?
Conhecido popularmente como sono pesado ou pela expressão ‘’dormi que nem pedra’’, esse tipo de sono pode acontecer com mães de recém-nascidos ou crianças pequenas, que mesmo sem conseguir dormir há dias, acordam com facilidade.
Segundo o otorrinolaringologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Danilo Anunciatto Sguillar para o portal UOL Viva Bem, essa inconstância no sono pode ser causada pelo excesso de preocupações e alerta. “Quando estamos com muitas informações ou preocupações na cabeça, não relaxamos o suficiente durante a noite”, explica.
Chamado pelos especialistas de sono profundo, ele corresponde ao terceiro estágio do sono não REM (N3). O primeiro (N1) é o estado sonolento e o segundo (N2) é o estado superficial. REM (no inglês rapid eye movements e no português movimentos rápidos dos olhos) é caracterizado pela rápida atividade cerebral, músculos relaxados e tensão.
Cada ciclo (REM e não REM) dura aproximadamente 90 minutos e é importante ter de quatro a cinco ciclos completos todas as noites. Pesquisadores dizem que o N2 pode estar ligado a fatores como depressão, ansiedade e problemas respiratórios.
Segundo o professor da Faculdade de Medicina da UFC, “o que determina prejuízo futuro é a fragmentação provocada por distúrbios que deixam o sono mais superficial, levando a uma sensação de cansaço”.
Esse tipo de sono leve pode acarretar diversos prejuízos futuros, afetando a memória, concentração e atrapalhando o dia a dia no trabalho e aprendizado, além de poder gerar mudanças de humor severas, ansiedade e sintomas depressivos.
