Colchão ortopédico: saiba como escolher o modelo ideal

Dores lombares, torcicolos e até alterações mais graves, como hérnia de disco, podem ser causadas por uma escolha errada; confira como comprar um modelo adequado

Colchão ortopédico: saiba como escolher o modelo ideal

Uma boa noite de sono faz toda a diferença para o bem-estar e qualidade de vida. Para isso, além de manter uma boa postura ao dormir, a escolha do colchão ortopédico é fundamental. Entretanto, uma dúvida de muitos consumidores é se realmente o modelo ortopédico é uma boa opção para amenizar os desconfortos. 

O que é um colchão ortopédico?

Um colchão ortopédico é um tipo de colchão projetado para oferecer suporte adequado à coluna e ao corpo durante o sono, visando melhorar a postura e aliviar dores nas articulações e músculos.

Embora o termo “ortopédico” seja frequentemente usado de forma ampla, ele se refere a colchões que têm características específicas para apoiar a saúde músculoesquelética.

Esses colchões são geralmente mais firmes do que os modelos tradicionais, o que ajuda a distribuir o peso do corpo de maneira mais equilibrada, evitando pontos de pressão que possam causar desconforto.

No passado, os colchões conhecidos como ortopédicos continham uma camada de espuma fina, envolvendo uma estrutura de madeira – o que, em tese, ajudaria a manter a coluna na posição certa

Hoje já se sabe que esse modelo não é o mais indicado para que a coluna vertebral permaneça alinhada, uma vez que as diferentes partes do corpo fazem pressão distinta sobre o colchão. Assim, a estrutura rígida da madeira não permite que o colchão se adapte às curvas do corpo, causando dores e desconforto.

Os colchões podem ser feitos de diferentes materiais, como espuma de alta densidade, molas ensacadas, látex ou viscoelástico, que se ajustam ao formato do corpo, proporcionando uma boa sustentação, principalmente para pessoas com problemas de coluna ou outras condições ortopédicas.

É importante notar que a escolha do colchão ortopédico deve ser individualizada, levando em consideração o peso, as preferências de firmeza e as necessidades específicas de cada pessoa, como a presença de dores nas costas, nas articulações ou problemas posturais.

Assim como, também é importante entender que esse tipo de colchão não é uma solução eficiente para resolver problemas já existentes, tais como curvaturas na coluna (lordoses, cifoses e escolioses). Em outras palavras, não deve ser utilizado como tratamento.

Como escolher um colchão ortopédico?

Uma das recomendações mais importantes, de acordo com o  Instituto Nacional de Estudos do Repouso (INER), é escolher um modelo adequado a seu biotipo.

Para tanto, o instituto criou uma tabela que mostra a densidade ideal para cada perfil (quem dorme sozinho e quem divide o colchão com um parceiro, idade, altura e peso). Além disso, o órgão fiscaliza a qualidade dos produtos disponíveis no mercado. 

É importante também observar a certificação do produto e o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que regula tanto os colchões fabricados em espuma quanto os de mola. Além disso, a escolha do travesseiro adequado faz grande diferença.

Embora a designação ortopédica não faça muito sentido diante de tantos detalhes, quem quiser comprar um colchão capaz de promover maior conforto ortopédico precisa ter atenção a alguns detalhes:

  • Escolha um modelo com densidade adequada ao seu peso. Alguns estudos indicam que esse fator pode causar alterações posturais, que interferem na qualidade de vida, por causarem dores e desconforto;
  • O tipo de colchão utilizado, assim como a posição escolhida para dormir e a forma de se levantar também são fatores apontados pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia como causadores de dores e problemas ortopédicos;
  • Além disso, é importante observar as orientações do fabricante sobre a necessidade de virar ou não o colchão, prevenindo deformações causadas pela posição do usuário;
  • Um colchão duro demais (caso de muitos modelos designados como ortopédicos) pode causar danos à coluna e desconforto. Por isso, é fundamental escolher uma densidade que possa ceder de forma adequada às curvaturas corporais;
  • Por fim, é importante observar que os colchões têm prazo de validade (em média, de 5 a 10 anos). Por isso, a substituição é necessária, para evitar danos à coluna e problemas mais sérios de saúde.
Saiba como escolher um colchão ortopédico

Saiba como escolher um colchão ortopédico (Foto: Freepik)

Qual a posição ideal para dormir?

A posição certa para dormir depende de vários fatores, incluindo a saúde individual e o conforto pessoal. No entanto, algumas posições são recomendadas por profissionais de saúde para melhorar a qualidade do sono e evitar problemas de coluna, pescoço e outras partes do corpo. Aqui estão as posições mais indicadas:

  • De lado (posição fetal): uma das maneiras mais recomendadas, especialmente para quem sofre de dores nas costas ou pescoço. Essa posição alinha melhor a coluna, evitando curvaturas excessivas que podem causar desconforto. Além disso, dormir de lado pode ajudar a reduzir o ronco e a apneia do sono;
  • De costas (supino): dormir de costas também é uma boa opção, pois mantém a coluna alinhada de maneira natural. Essa posição distribui igualmente o peso do corpo, reduzindo o risco de dores nas costas e no pescoço. Para quem sofre de problemas nas costas, é importante usar um travesseiro adequado para apoiar o pescoço e manter a curvatura natural da coluna cervical;
  • De barriga para baixo (pronação): dormir dessa maneira não é recomendado por muitos especialistas, pois pode forçar a coluna a ficar em uma posição não natural, o que pode levar a dores nas costas e no pescoço. Além disso, essa posição pode aumentar a pressão sobre os órgãos internos e dificultar a respiração.

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Redação

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