Coleta seletiva: o que é e como fazer em casa?
A coleta seletiva é um dos pilares para uma sociedade mais sustentável e ecológica. Mas você sabia que dá para fazer isso na sua casa? Saiba como e por que você deve adotar essa prática na hora de descartar o seu lixo.
A coleta seletiva é um tema muito comentado quando o assunto é meio ambiente e vida sustentável. Ela é uma das alternativas mais importantes e funcionais de descarte de lixo, com impactos positivos na sociedade. Mas você sabe que pode implementar a coleta seletiva na sua própria casa? Saiba mais sobre essa prática e como ela pode ajudar você e o planeta!
O que é a coleta seletiva?
De forma geral, a coleta seletiva é o descarte inteligente de resíduos sólidos e rejeitos através de uma classificação de cores, determinada a partir da origem do material e do seu impacto após tornar-se lixo. Com ela, é possível destiná-los de forma correta. A coleta seletiva é tão importante que é incentivada por lei.
Sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos é o nome da Lei N° 12.305/2010, promulgada em 2 de agosto de 2010 e criada para promover um descarte consciente do lixo, a partir de medidas que devem ser adotadas pelo poder público, iniciativa privada e toda a sociedade civil. Ou seja: desde a sua casa até a escola do seu filho ou o hospital público da sua cidade, todos devem estar comprometidos com a PNRS, que possui 15 objetivos gerais:
- Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
- Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
- Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;
- Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais;
- Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
- Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
- Gestão integrada de resíduos sólidos;
- Articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
- Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
- Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira;
- Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: a) produtos reciclados e recicláveis; e b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
- Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
- Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
- Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
- Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
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Qual a importância da coleta seletiva?
A coleta seletiva é fundamental para uma sociedade mais sustentável e ecológica, pois permite o descarte correto do lixo. Caso ele não aconteça, os impactos ambientais podem ser graves: poluição do ar, do solo e das águas, proliferação de mosquitos e doenças, entre outros. Além disso, a prática ainda impede que o lixo tóxico, gerado por pilhas e outros objetos eletrônicos, entre em contato com tratadores de resíduos, o que também pode causar doenças a longo prazo.
Qual a diferença entre coleta seletiva e reciclagem?
Quando conversamos sobre coleta seletiva e descarte de lixo consciente, é natural que a palavra reciclagem também surja e possa causar confusão. Afinal, esses termos significam a mesma coisa? Na verdade, não!
Enquanto a coleta seletiva significa apenas a técnica de separar os resíduos de acordo com o material, a reciclagem promove o reaproveitamento do lixo descartado, transformando-o em novos materiais.
Apesar de serem diferentes, a coleta seletiva é fundamental para a reciclagem e, por sua vez, reciclar é fundamental para reduzir a quantidade de lixo e preservar o meio ambiente e o local onde você vive. Por isso, é tão importante separar seus resíduos e seguir a regra dos 3 R’s: reduzir a quantidade de lixo, reutilizar o que é possível (ecobags e garrafas são bons exemplos) e reciclar o que é descartado.
A reciclagem não é boa apenas para o meio ambiente, mas também para a economia sustentável, tornando-se uma fonte de renda para pequenos artesãos e o comércio local.
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Quais são as cores das lixeiras para coleta seletiva?
Você já viu aquelas lixeiras coloridas dispostas em escolas, parques e até mesmo na rua, em alguns locais? Isso é sinal de que a coleta seletiva está sendo feita naquele ambiente! Porém, para saber usá-las e descartar seu lixo da forma correta, é importante conhecer o que significa cada cor. Dá uma olhada!
Amarelo
As lixeiras de cor amarela são reservadas para o descarte de metais em geral. É o local para descartar sua latinha de refrigerante, tampas, ferragens, canos, entre outros.
Azul
Azul é a cor das lixeiras reservadas ao papel ou papelão. Caixas de pizza, livros e revistas usados, jornais, embalagens de papelão no geral (como as caixinhas de leite, por exemplo) cabem aqui.
Vermelho
Lixeiras vermelhas têm como objetivo o descarte dos plásticos. Aqui, você pode jogar suas garrafas pet, frascos de shampoo e condicionador, brinquedos de plástico, embalagens plásticas no geral, canos de PVC, tubos de caneta, baldes e afins.
Verde
Precisa descartar vidro? Deposite o resíduo nas lixeiras verdes! Garrafas de suco, cerveja ou refrigerantes, cacos de pratos e copos, frascos de perfume e de remédios, potes de mantimentos, entre outros podem ser descartados na lixeira verde. É importantíssimo fazer a coleta seletiva do vidro para, além de tudo, evitar acidentes!
Outras cores
Além dos exemplos citados acima, a coleta seletiva também considera outras cores para o descarte consciente de resíduos e rejeitos. É o caso da lixeira roxa, para resíduos radioativos; a laranja, que acolhe resíduos perigosos, como baterias; marrom, ideal para resíduos orgânicos; preta, para descartar madeira; branca, para lixo hospitalar e de serviços de saúde, além da cinza, onde são depositados resíduos não recicláveis ou que não podem por algum motivo ser separados.
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Como fazer a coleta seletiva em casa?
Agora que você já sabe a importância de separar o lixo, aplique isso na sua casa! Uma boa dica é ter as lixeiras separadas dentro da residência, para tornar o descarte mais prático. Se você mora em condomínio ou vila, é possível que esse serviço já esteja disponível para todos.
Além disso, é preciso ter cuidado com os resíduos que ainda podem ser reaproveitados. Potes, copos e garrafas, por exemplo, devem ser higienizados antes do descarte. Se informe sobre os dias determinados em que o serviço público faz a coleta seletiva em seu bairro ou região. Caso não seja oferecida, você pode levar seus resíduos separados para uma cooperativa de reciclagem mais próxima da sua casa.
É muito importante ressaltar que o lixo separado deve ser descartado e tratado de forma seletiva. Caso os resíduos sejam destinados para o aterro sanitário, todo o esforço terá sido em vão, já que lá eles irão se misturar a outros rejeitos e não serão mais recicláveis. Descarte com consciência!
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