Novo estudo mostra que envelhecer traz habilidades ocultas e mais felicidade
Contrariando ideias prévias, estudos indicam que certas funções cognitivas não declinam, mas melhoram com a idade
Ao longo dos anos, é inevitável que o rosto sofra alterações, evidenciando rugas sutis que, com o tempo, podem se aprofundar. Pelos solitários, mais robustos e escuros, aparecem de forma inesperada, enquanto a sociedade cultua a juventude, tornando ultrapassada a ideia errada associada à velhice. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Jemma Mouland, vice-diretora do Centro para Envelhecer Melhor em Londres, destaca que a visão tradicional do envelhecimento como deterioração é uma narrativa falsa. Propõe-se uma abordagem que veja o envelhecimento como um momento de enriquecimento, novas possibilidades e contribuição para a comunidade, ressaltando a diversidade de fatores que moldam a experiência dos últimos anos.
A autora, com mais de 50 anos, desafia mitos sombrios associados à velhice. Autoestima e autoconfiança são aspectos que melhoram com o tempo, acompanhados por mudanças de perspectiva em relação a aparência e julgamentos externos. A natureza, sábia segundo muitos, revela benefícios emocionais que acompanham o envelhecimento.
Contrariando ideias prévias, estudos indicam que certas funções cognitivas não declinam, mas melhoram com a idade. O cérebro, ao envelhecer, aprimora a detecção de relações entre informações, contribuindo para uma compreensão mais abrangente e sábia. Competências como atenção e inibição executiva podem atingir seu auge após a meia-idade.
Apesar do enfraquecimento geral do sistema imunológico com o envelhecimento, a memória imunológica, semelhante à memória cerebral, fortalece-se ao longo dos anos. Experiências com diversos patógenos contribuem para um sistema mais resiliente, proporcionando uma visão positiva sobre o envelhecimento.
A felicidade segue uma curva em U, diminuindo na meia-idade para depois aumentar por volta dos 70 anos. Contrariando expectativas, idosos demonstram elevada satisfação sexual, desafiando estereótipos e destacando aspectos positivos frequentemente negligenciados na discussão sobre envelhecimento.
