Novo estudo revela relação entre atividade física e longevidade
Utilizando uma abordagem única, pesquisadores da Universidade de Jyväskylä examinaram 11.000 pares de gêmeos adultos do mesmo sexo
O estudo “Finnish Twins Cohort Study” revela resultados surpreendentes ao examinar a relação entre a prática de exercícios e a expectativa de vida. Enquanto pesquisas anteriores indicavam consistentemente que maior atividade física está associada a uma vida mais longa, este estudo finlandês desafia essa noção. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A complexidade do comportamento humano, influenciada por fatores genéticos, dieta, educação e ambiente, torna difícil isolar o impacto direto da atividade física na longevidade.
Utilizando uma abordagem única, pesquisadores da Universidade de Jyväskylä examinaram 11.000 pares de gêmeos adultos do mesmo sexo, vinculando questionários de exercícios de 1975 a 1990 aos registros de óbitos até 2020. Descobriram que os mais ativos apresentavam uma taxa de mortalidade 24% menor, embora o efeito fosse menor do que o sugerido por estudos anteriores.
No entanto, ao considerar fatores como tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal (IMC), a ligação entre exercício e longevidade foi reduzida, indicando um papel menos significativo do que se pensava anteriormente.
Além disso, a análise da idade biológica, medida pelo dano ao DNA, revelou que tanto os grupos mais ativos quanto os menos ativos pareciam biologicamente mais velhos. A importância do exercício na longevidade também foi mais evidente nos primeiros 20 anos após a avaliação, sugerindo que a continuidade do exercício pode ser crucial para manter os benefícios ao longo da vida adulta.
Embora o estudo reforce a associação entre exercício e longevidade, destaca a necessidade de considerar fatores adicionais e sugere que o papel direto do exercício pode ser menor do que inicialmente estimado. A pesquisa enfatiza a importância de intervenções sociais e ambientais para promover estilos de vida saudáveis, reconhecendo as crescentes desigualdades sociais na saúde e na longevidade.
