Brain rot: como as redes sociais estão ‘apodrecendo’ nosso cérebro?
A ciência revela os danos causados pela exposição constante a conteúdos superficiais nas redes sociais
O termo “cérebro podre”, ou “brain rot” em inglês, tornou-se cada vez mais comum para descrever os efeitos negativos do consumo excessivo de conteúdo superficial nas redes sociais. Estudos científicos têm demonstrado que a exposição constante a informações fragmentadas, sensacionalistas e pouco aprofundadas pode causar danos significativos ao nosso cérebro.
A ciência comprova
Pesquisas realizadas por instituições renomadas, como a Universidade de Harvard e a Universidade de Oxford, apontam que o uso excessivo das redes sociais está associado à redução da matéria cinzenta, encurtamento da capacidade de atenção, enfraquecimento da memória e distorção de processos cognitivos fundamentais.
O cérebro humano possui diferentes redes neurais responsáveis por diferentes tipos de atenção. O uso problemático de celulares e internet está comprometendo a chamada atenção sustentada, ou seja, a capacidade de se concentrar em uma única tarefa por um período prolongado. Essa habilidade é essencial para o aprendizado, a produtividade e o desenvolvimento cognitivo.
O impacto do conteúdo
O tipo de conteúdo consumido nas redes sociais desempenha um papel crucial na saúde do nosso cérebro. A exposição constante a informações superficiais, sensacionalistas e falsas notícias pode levar à formação de hábitos de pensamento mais superficiais e à dificuldade em distinguir entre o que é verdadeiro e o que é falso.
O termo “brain rot” tem se popularizado nos últimos anos, com um aumento de 230% na frequência de uso entre 2023 e 2024. Isso demonstra a crescente preocupação com os impactos negativos do consumo excessivo de conteúdo digital na nossa saúde mental e cognitiva.
Como minimizar os efeitos
Para proteger o seu cérebro dos efeitos negativos do “brain rot”, é importante estabelecer limites para o uso das redes sociais, priorizar o consumo de conteúdos de qualidade, praticar atividades que estimulem a concentração e a reflexão, como leitura e jogos de estratégia, e buscar momentos de desconexão digital. As informações são do site O Globo.