Estudo mostra que os pés de galinha no rosto podem ser um sinal ruim; descubra
Pesquisa da Universidade Fudan sugere que rugas faciais, como “pés de galinha”, podem ser um marcador biológico
Uma recente pesquisa da Universidade Fudan, na China, trouxe à tona uma possível conexão entre a aparência facial e o risco de desenvolver demência. O estudo, publicado na revista Alzheimer’s Research and Therapy, sugere que a presença de “pés de galinha” — as rugas que se formam nos cantos externos dos olhos — pode ser um indicador de maior risco para o desenvolvimento da doença.
A aparência facial como sinal de alerta
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 195 mil adultos e descobriram que aqueles que eram percebidos como mais velhos do que a sua idade real tinham um risco significativamente maior de desenvolver demência nos anos seguintes. Essa associação entre a aparência facial e o declínio cognitivo sugere que o envelhecimento facial, tanto subjetivo quanto objetivo, pode ser um marcador biológico para o risco de demência.
Um estudo de longo prazo
A presença de “pés de galinha” não é o único fator considerado no estudo. A percepção geral da idade facial, ou seja, se a pessoa parece mais jovem, mais velha ou da sua idade, também foi associada ao risco de demência. Essa descoberta indica que a aparência facial como um todo pode fornecer pistas importantes sobre o estado de saúde cerebral.
Essa pesquisa acompanhou os participantes por 12 anos, permitindo aos pesquisadores estabelecer uma relação clara entre a aparência facial no início do estudo e o desenvolvimento de demência ao longo do tempo. Essa abordagem fortalece a confiabilidade dos resultados e destaca a importância de considerar a aparência facial como um fator de risco potencial.
O que significa essa descoberta?
Embora a pesquisa seja promissora, é importante ressaltar que a presença de “pés de galinha” não significa necessariamente que uma pessoa desenvolverá demência. No entanto, essa descoberta abre novas possibilidades para a identificação precoce de indivíduos em risco. Com mais pesquisas, pode ser possível desenvolver ferramentas de triagem baseadas no rosto para ajudar a identificar pessoas que se beneficiariam de intervenções precoces para prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença.
Os resultados desse estudo são intrigantes e exigem mais investigações. É fundamental entender os mecanismos biológicos que ligam o envelhecimento facial ao declínio cognitivo. Além disso, são necessárias pesquisas adicionais para confirmar esses resultados em diferentes populações e desenvolver ferramentas de triagem clínica mais precisas. As informações são do Metrópoles.