Uso de cannabis entre idosos nos EUA aumenta
A falta de estudos sobre os efeitos medicinais da maconha em idosos dificulta a orientação médica
O uso de cannabis entre os idosos nos Estados Unidos está em crescimento, com alguns recorrendo à droga pela primeira vez para tratar questões como insônia, dor e ansiedade, especialmente quando medicamentos prescritos falham. Em 2007, apenas 0,4% dos maiores de 65 anos nos EUA usaram cannabis no ano anterior, mas esse número aumentou para mais de 8% em 2022. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A falta de estudos sobre os efeitos medicinais da maconha em idosos dificulta a orientação médica, levando as empresas de cannabis a fornecerem dicas e produtos específicos para essa faixa etária.
Nancy Herring, 76, começou a explorar o uso medicinal da maconha quando seu marido foi diagnosticado com doença de Parkinson e demência, sofrendo de insônia. Após experimentarem uma versão da cannabis, ele finalmente conseguiu dormir à noite.
O aumento do uso entre os idosos leva a uma troca de experiências e a uma crescente aceitação da cannabis como alternativa. No entanto, a falta de orientação clara sobre o uso da maconha para idosos leva alguns a compartilharem conhecimentos entre si.
Carminetta Verner, 88, fundou um clube em seu complexo de aposentados em Maryland para educar os residentes sobre a maconha medicinal, atraindo cerca de cem membros. Ela destaca que muitos idosos buscam alívio da dor, visto que a medicina convencional não atende às suas necessidades.
Enquanto alguns profissionais de saúde reconhecem os benefícios relatados pelos idosos, alertam sobre as possíveis interações medicamentosas e os impactos na cognição e equilíbrio, enfatizando a importância de estudos mais aprofundados nesse campo.
